SANTIAGO DO CHILE
Do marco inicial aos “disco clubs” da sua vida noturna
Santiago, a capital do Chile, aos pés da Cordilheira
Andina, encontra-se deslumbrante, vibrante, antiga,
moderna, hospitaleira. Com seus cerca de 5 milhões
de habitantes, é o ponto de partida para as praias,
lagos, montanhas, vulcões, neve - tudo não leva mais
que uma hora de carro. Cruzada de leste para oeste
pelo rio Mapocho, encontra-se rodeada por cerros,
nos quase 40 quilômetros quadrados de superfície que
ocupa, adquirindo um aspecto único. Com destaque ao
“Cerro Santa Luzia”, marco inicial da cidade, cujo
fundador, o espanhol Pedro de Valdívia, em 1541
desenhou o primeiro traçado urbano, ainda preservado
na parte central. Do cerro São Cristóvão
deslumbra-se toda a cidade. |
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O melhor começo para visitar Santiago é pela
“Plaza das Armas”, com suas interessantes construções,
como o clássico Edifício da Municipalidade (Prefeitura),
a Catedral de Santo Domingo - orgulho arquitetônico do
país, o Museu Histórico Nacional, o antigo Palácio da
Real Audiência e os Portões Bulnes e Fernandes Concha.
Uma esticada nas imediações da “Casa Colorada”, Museu da
Cidade, ao Palácio de La Moneda - marco histórico do
país, onde morreu o presidente Salvador Allende no golpe
militar em que assumiu o poder o General Augusto
Pinochet. Ali estive em 1978, participando de um curso
da Organização Pan-americana de Saúde e voltei agora, em
2004, encontrando novos ares.
Após a vista a esses lugares, nada mais oportuno que
curtir o show dos artesãos na mesma Plaza de Armas em
que se misturam as estátuas humanas, mágicos, camelôs e
até crianças chilenas dançando “axé music” procurando
amealhar alguns pesos para as despesas familiares. No
final deste dia rico de arte, cultura, arquitetura e
expressão popular, nada melhor que parar no bar “Marco
Polo” para saborear a famosa cerveja chilena “Cristal”
ou a bebida que preferir, observando a diversidade de
pessoas, elegância, fatos e conquistas.
O momento que vivi lá era extremamente
oportuno, pois encontrava-me em pleno mês da das
comemorações da semana da independência, cuja data maior
é 18 de setembro. O importante era ler “El Mercúrio!” e
seguir a programação oficial da municipalidade em
lugares e atrações diferentes diariamente e a cada
turno. Um verdadeiro espetáculo da expressão e orgulho
popular.
Como destaque: - “Exposição Mujer 2002” na
Estação Mapuche, hoje transformada em centro cultural. -
Exposição “Pintura chilena” no edifício do Banco
Central, quadros famosos de Ramon Supercaseaux
(1854-1936), José Tomaz Errazuriz (1856-1977), Alberto
Orreco Luco (1854-1931), Pedro Lira (1845-1912) entre
outros. - “La Pergola de Las Flores”, musical ao ar
livre promovido pela Prefeitura da cidade. Trata-se do
mais típico do país, encenada por Ana Gonzalez e Silvia
Pinheiro, exibição na noite de 10 de setembro em
Santiago. - Festival de música e dança “La Cueca”, com
sessão de abertura pelo Sr. Prefeito Joaquim Lavin e a
primeira dama Estela de Lavin, bonita e elegantíssima.
Por fim, exposição de pintura e poesia na Biblioteca
Nacional intitulada “Liberdade” - expressão artística de
presidiários chilenos.
A vida noturna em Santiago contempla todos os gostos,
com uma característica cultural forte de que tudo começa
muito tarde em termos de “disco clubs” e “inferninhos”,
após meia-noite. “Calle Suécia” é o “point” da turma
elegante e dos turistas estrangeiros. É um lugar só de
bares, restaurantes e night clubs sofisticados, para
encontro do “Beautiful People”. Destaques na área: “Infierno”,
“The Córner Pub Braningan’s”, restaurante “Da Leonardo”,
“The Old Boston” e a agitada “Boomerang”. Imperdíveis na
noite.
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Tarcísio Gurgel é médico
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