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REFLEXÃO
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As opções de vida de uma
grande Mulher
--- Walter Medeiros
O Dia Internacional da Mulher neste ano de 2022
eu registro com uma homenagem a uma pessoa que
tem uma história gigantesca, mesmo sendo alguém
bem simples, mas que a humanidade precisa tomar
conhecimento da sua obra. Uma mulher que nasceu
na Bélgica, aldeia Zogge, município de Hamme, em
18 de fevereiro de 1940, sendo a quinta filha de
Herman e Helena. Viveu a infância e boa parte da
juventude em sua terra, e acompanhava o pai, nos
trabalhos de plantação de flores e outras
plantas, e a mãe, na criação de pequenos
animais.
A nossa homenageada estudou e formou-se
professora, lecionando por dois anos no seu
país. Resolveu tornar-se freira, seguindo uma
vocação de muito amor.
Em 1963, partiu
para uma missão que mudaria completamente a sua
vida, olhando a paisagem deslumbrantemente
colorida da sua cidade. Carregava uma mala,
diante da qual se despediu dos familiares. Ela
não tinha a menor ideia de como era o Brasil.
Mas veio realizar um trabalho missionário na
cidade potiguar de Macau.
A viagem da Irmã se deu a bordo do navio francês
Louis Lumière, da Compagnie Maritime des
"Chargeurs Reunis", que realizava a sua última
viagem. Desembarcou no Rio de Janeiro, de onde
seguiu para o Rio Grande do Norte. Naquela
cidade potiguar, juntamente com outras
religiosas vindas da Bélgica e de outros países,
lecionou no colégio dirigido pelo Padre João
Penha Filho. O seu trabalho naquela terra durou
cerca de sete anos. Em seguida, atuou no
município potiguar de Santa Cruz. Depois, ainda
passou um tempo em Recife, trabalhando em
ambientes da sua congregação, em obras dirigidas
pelo Arcebispo dom Helder Câmara, até que partiu
para outras experiências.
A irmã foi designada mais adiante para trabalhar
no Ceará, em Crateús, com o Bispo Dom Antônio
Fragoso, auxiliando nas suas atividades sociais
durante cinco anos. Dalí, ela passou a trabalhar
no município de Poranga, onde se dedica ao
trabalho na comunidade indígena do sudeste do
Ceará.
A atuação da Irmã no Ceará constou, também, de
importante participação na construção da Igreja
da Mãe de Deus, uma obra arquitetônica de
destaque, feita de barro e pedra. Na época (1978
e anos seguintes), o município de Poranga ainda
não tinha nem energia elétrica. Outro trabalho
destacado foi a participação no planejamento e
identificação dos indígenas de Poranga, Crateús
e outras localidades, proporcionando a
organização para resgate da cultura e dos
direitos assegurados na legislação brasileira.
Em 2013, quando completou 50 anos de atividades
no Brasil, ela veio a Natal, convidar amigos
para a festa, e visitou amigos da juventude,
entre eles Maria das Graça Sousa Beserra de
Medeiros e este cronista; a então empresária do
turismo Vera Chico, em Baía Formosa; os
arcebispos aposentados de Natal, Dom Heitor de
Araújo Sales e Dom Matias; e o Padre Tiago
Teisen, que discorreu muito sobre suas obras, na
casa do Bom Pastor. Foi, ainda, a Macau, onde
visitou o túmulo da Irmã Dominique, freira
inglesa que trabalhou no seu tempo naquela
cidade, e faleceu em 23.06.1965.
A obra da nossa homenageada é imensa, que o
digam as pessoas com as quais conviveu no nosso
estado, em Pernambuco, e, agora, os moradores da
cidade cearense onde se estabeleceu, numa
pequena casa de retiro que recebe amigos
peregrinos. Margareth Malfliet é o nome da
amiga, irmã, religiosa, missionária, educadora e
ativista social, que tem um lugar de destaque na
história de lutas das mulheres e da humanidade.
É considerada um ícone da Igrejinha Mãe de Deus,
na Diocese de Crateús.
Parabéns, Irmã Margareth, pelos seus imensos
feitos.
08.03.2022
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Vida e morte em Dachau
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A
humanidade registra a cada ano a data do aniversário do
fim da Segunda Grande Guerra Mundial. Um registro
espalhado pelos mais diversos países, cheio de emoções,
mesmo que aquele momento esteja tão distante no tempo. É
que aquele conflito imenso e prolongado envolveu muita
gente, muitos lugares e muitos interesses. Além de levar
à tona uma face até então inimaginável, de ideias
expansionistas e beligerantes, entre elas muitas
manifestações de apoio incondicional a propostas sociais
capazes de gerar práticas extremadas e tantos atos de
crueldade.
Um
pai ex-combatente, um irmão jornalista, um ambiente que
propiciou sempre minha atração por todos os assuntos que
se referiam à Segunda Guerra. Inicialmente, porque os
seus ecos eram tão fortes em todos os lugares, e em
Natal mais ainda, pelo papel importante que esta capital
desempenhou naqueles anos belicosos. Além do que
naqueles anos o cinema realizou trabalhos importantes
para mostrar o que se passou no teatro de operações.
Aquelas imagens sempre me fascinaram, a partir das
revistas em quadrinhos, que eram fartas nos anos
sessenta, principalmente
Em
meio à vastidão de lugares, acontecimentos, operações,
batalhas, invasões, desembarques, bombardeios, tomadas e
tantos outros fatos relativos àqueles anos, escolhi um
ponto para discorrer a propósito. Um ponto que tem um
significado imenso no campo das atrocidades nazistas,
que precisa ter um registro garantido nos relatos
históricos sobre a Segunda Guerra. Trata-se de Dachau, o
primeiro campo de concentração nazista, que funcionou na
Alemanha, e serviu de modelo para os outros.
Dachau guarda todas as imagens dos horrores da
perseguição aos judeus. Está lá em sua entrada a
plataforma onde desembarcavam aqueles que passariam por
dias de extremo sofrimento. Diante da plataforma, os
trilhos por aonde chegavam e onde paravam os trens. Ao
redor, prédios e vegetação que sempre deram ao local uma
bela paisagem. No chão, o mesmo verde tão bem
reproduzido nas películas coloridas do cinema.
A
entrada do campo mantém aquele mesmo portão, que chegou
a ser roubado, mas foi recuperado, com a famosa
inscrição motivacional: “Arbeit macht frei”, que
significa “O trabalho te liberta”. Dali os que chegavam
eram encaminhados para ocupar nada menos que trinta
imensos pavilhões, com alojamentos apinhados, mesmo que
cada um tivesse o seu lugar para dormir, o seu
tamborete, seu prato, sua colher, sua caneca, e a sua
vestimenta.
A
visita àquele lugar, na qual se percorre cada canto,
recebendo informações sobre tudo que se passou ali, é
meio anestesiante. Pelo menos eu senti uma certa
lentidão no processar das informações, mas percebi que é
resultado de uma somatória de expectativas, constatações
e surpresas. Bem como o olhar, o tocar, o pisar, ver e
sentir um lugar onde acontecimentos tão dramáticos são
tão fortes e as imagens preservadas ilustram todos os
relatos disponíveis.
Cada
passo reforça aquela emoção, confirmando o que já se
tinha de informação, e vendo, na prática, o que
significava cada palavra daquelas histórias contadas.
Uma placa mostra por onde saía a fumaça das cremações: “Krematorium”
está afixado numa pedra, em meio às plantas. Lá dentro,
os fornos, onde depositavam corpos. E em seguida, uma
passagem claustrofóbica por uma sala em cuja entrada
está escrito “Brausebad”, ou “Sala de banhos”, mas que
consta equipada com saídas de gás.
Dachau mantém hoje aquele arame farpado e as guaritas
que impediam fugas. E as fotos do tempo em que recebia
as levas de judeus encaminhados para a Bavária. Mas
abriu uma área para reflexões, cultos e orações, com
espaços para católicos, judeus, e evangélicos, que fazem
suas pregações com um emocionado apelo para que
histórias como aquelas não se repitam. No ar, parece que
pairam os fluidos que tornaram possível encerrar aqueles
sacrifícios, e uma sensação de homenagem a todos os que
fizeram alguma coisa, por mais simples que tenha sido, e
contribuíram para a derrota dos nazistas na Segunda
Guerra Mundial.
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O que estão fazendo com a ciência
---
Walter Medeiros*
Em
mais de um ano de repercussão do novo coronavirus, muita
coisa se viu da parte das autoridades, da imprensa e das
redes sociais, num jogo de interesses que atropela
princípios éticos, morais e legais. Um jogo que tem até
trapaças e subterfúgios que são conhecidos, porém ganham
destaque nessas ocasiões. Mas na noite de 05 de janeiro
de 2021, o Jornal Nacional da Rede Globo ultrapassou
todas as fronteiras da decência, para denegrir o
trabalho de profissionais dignos e bem intencionados
cujo principal objetivo é salvar vidas.
A
matéria referente a tratamento precoce da COVID-19 foi a
maior demonstração de como não devia ser feito
jornalismo. É uma peça suficiente para demonstrar como
um assunto pode ser manipulado, induzido e deturpado ao
extremo, para defender interesses inexplicados. Até
porque a verdade existe, independentemente do que mostra
aquele jornal, a Organização Mundial da Saúde – OMS, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, o
Conselho Federal de Medicina – CFM e a Associação Médica
Brasileira – AMB, entre outros declarantes daquela
pretensa reportagem.
Assisti atentamente cada segundo da matéria, pois me
havia chamado a atenção a manchete tendenciosa. Foram
ouvidos representantes de praticamente todos aquelas
órgãos, cada um tentando condenar o tratamento precoce,
da mesma forma que sempre tentam desfazer dos
tratamentos alternativos, que funcionam, dão bons
resultados, mas enquanto não atendem aos testes da
chamada Medicina Baseada em Evidências, não valem nada
para eles. Mas, numa demonstração de desequilíbrio
jornalístico, não foi ouvido nenhum cientista, nenhum
médico, nenhum usuário daquele tratamento precoce que
condenaram do começo ao fim. Ou seja, não ouviram o
outro lado, e, pior, no caso, não ouviram o lado
acusado.
A
reportagem desconsiderou pesquisas que estão comprovando
a eficácia do tratamento precoce da COVID-19,
desconsiderou o trabalho de médicos que estão aplicando
o tratamento em muitas partes do Brasil, e obtendo
excelentes resultados. Ateve-se a detalhes já
explicados, mas apresentados como se ainda estivessem em
dúvida. E mostrou suposições, contraditoriamente para
quem se diz abordando algo de cunho científico.
Inclusive com erros crassos, como o do repórter que
criticou a auto-medicação com antibiótico, o que é
contraditório, pois este medicamento só é vendido com
receita médica.
A
cada dia que passa vemos mais comprovação da eficácia do
tratamento precoce, com ou sem Ivermectina,
Hidroxicloroquina e Azitromicina. Vemos estudiosos e
médicos qualificados nessa verdadeira guerra por salvar
a vida dos seus pacientes com os melhores recursos de
que dispõem. Até mesmo a ANVISA dispensou, em certas
circunstâncias, a formalidade da fase 3 dos testes das
vacinas, que mostra uma flexibilidade necessária em
tempo de pandemia, mas não deixam abrir espaço para algo
que pode proteger os cidadãos, como se para se cuidar a
pessoa tivesse de chegar ao ponto mais crítico da
enfermidade.
De
todas as declarações apresentadas na matéria, somente
uma, supreendentemente, não pela pessoa, mas pelo órgão,
foi o presidente do Conselho Federal de Medicina – CFM,
que apresentou a decisão mais sensata para o momento.
Ele deixou claro que o CFM não decidiu apoiar o
tratamento precoce, não recomenda, mas deixa a decisão
de utilizar ou não essa forma de atendimento aos médicos
assistentes. Cada médico tem liberdade para receitar ou
não aqueles medicamentos achincalhados na reportagem. E
o tempo e a história vão
se encarregar de mostrar quem realmente optou por
salvar as vidas daqueles que foram atingidos pelo vírus.
---
*Jornalista – DRT/RN 468.
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06/02/2021
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A calçada do cinema
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As
capas das revistas sempre foram algo fascinante em minha
vida, desde que comecei a tomar gosto pelo manuseio e
leitura daquele tipo de impresso. Nos anos sessenta do
século passado, o Brasil vivia, ainda, a Era do Rádio.
Pouca gente possuía e assistia televisão, que mostrava
um mundo preto e branco, com recepção precária e
limitada em número de canais e programação. O acesso às
notícias era predominantemente através de rádio e
jornal. As revistas ocupavam, então, um espaço
maravilhoso, com histórias em quadrinhos, aventuras,
ilustrações e imagens coloridas que encantavam os olhos
dos leitores.
Meu
gosto pelas revistas era tal, que, durante uns cinco
anos frequentei, diariamente, a calçada do Cinema São
Luiz, onde se estabeleceu um ambiente de venda, compra e
troca de revistas, que proporcionava o acesso àquela
leitura de forma completa, variada e mais em conta.
Assim, todos tinham oportunidade de levar para casa e
ler todos os títulos disponíveis à época, principalmente
das editoras Rio Gráfica, Ebal (Editora Brasil Améria
Ltda.) e Abril (Disney). Aproveitava também para levar
pastilhas, drops de cevada, bala de mel e o inesquecível
confeito Dea.
Toda
tarde, enquanto chegavam os clientes do cinema para a
sessão vespertina do fllme de cada dia, muitos rapazes
de várias idades chegavam, com variadas quantidades de
revistas, em busca das novidades. Cada um passava, uma a
uma, uma vista nas capas das revistas, sempre com belas
imagens de desenhos ou fotografias, coloridas, da época
ou antigas, mostrando o mundo do cinema, da música, do
teatro ou dos quadrinhos. O destaque era para histórias
de bang-bang, infantis e de ficção científica.
Daquele movimento surgiam informações e discussões sobre
o mundo dos quadrinhos e outros, muitas vezes
relacionadas com as “películas” em evidência, como El
Cid, Bem Hur, Sansão e Dalila, A queda do Império
Romano,
Ringo, Django, No tempo da diligências, Bufalo Bill,
Tarzan, Zorro, e filmes de guerra ou terror, que
movimentavam aquela inesquecível sala de exibições, que
deu lugar ao atual Banco do Brasil do Alecrim. Já tinha,
em frente, a cigarreira do Gordo, onde se comprava O
Poti e a Tribuna, além das revistas de cada semana, e
lanchonetes, com as guloseimas da época, saboreadas
juntamente com suco de mangaba, Grapette ou laranjada
Crush.
Essas lembranças trazem à mente um filminho, com a minha
saída de casa, na rua Campo Santo, depois Rafael
Fernandes, levando um bolo de um palmo de altura, com
revistas variadas, para mostrar, vender, trocar e
comprar outras. Seguia a pé pela calçada da barbearia de
Seu Cabôco, da Policlinica, onde muitas vezes encontrava
Caju, antigo funconário do hospital, passava pela Amaro
Barreto e dobrava na avenida 2. E a volta, cheio de
novidades, para alimentar as ideias e mergulhar nas
atrações, entre elas aquele curso de Rádio, TV,
Transístores e Eletrônica, do Instituto Universal
Brasileiro, que aquiri, cursei e montei um rádio
transistorizado, recebendo um belo diploma com meu nome
escrito por um calígrafo.
A
carga de informações que temos hoje ao alcance da mão,
pelo celular, notebook, tablet ou PC, é bilhões ou
trilhões de vezes maior do que aquela que tínhamos,
porém procurávamos usufruir ao máximo todos aqueles
traços gráficos, resultado de muito trabalho. Éramos
ávidos pelas novas aventuras de Tarzan, Zorro, Cavaleiro
Negro, Flecha Ligeira (Muitas vezes desenhada pelo nosso
conterrâneo Evaldo Oliveira), Fantasma, Mandrake, Antar,
Rocky Lane, Cisco Kid, Reis do Faroeste, Tio Patinhas,
Pato Donald, Mickey, Roy Roger’s, Homem Aranha, The
Jetsons, Os Flintstones, Batman, Super-Homem, Capitão
Marvel,
Jerônimo – O herói do sertão, Bolinha, Luluzinha, Popeye
e Recruta Zero.
Todas essas lembranças trazem uma saudade daqueles
amigos, revisteiros, confeiteiros e cinéfilos, pela
convivência tão harmônica e saudável. Muitos deles devem
ter, ainda, guardados, exemplares daquelas preciosidades
que mantínhamos com muito carinho, sem querer amassar,
sujar nem rasgar, principalmente aquelas que eram de
capas impresas em papel couché, as quais chamávamos de
capas-lisas. Nos meus alfarrábios guardo algumas, que
vez por outra me fazem voltar um pouco no tempo, ou
fazem com que aquele passado chegue até os dias atuais.
Sem esquecer os buchichos que faziam sobre as moças da
bilheteria.
(Walter Medeiros)
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22.07.2020
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Encantos e mistérios
(Voo
cancelado devido a pandemia)
---
Walter Medeiros
A
nossa chegada a Lisboa na ultima vez foi diferente. Das
vezes anteriores, sempre encontrávamos os amigos Carol,
Ricardo e Armida, e passávamos dias ou horas, dependendo
de estarmos com destino a Portugal ou outros lugares.
Mas da vez passada, em 2019, fizemos diferente, pois
quem estava lá era nosso filho Firmino Neto, com a sua
amiga Mackay, que nos levaram a conhecer as belezas do
Vilar, Cadaval, Montejunto e outros lugares. Foi um dia,
para conexão, que se tornou muito agradável e feliz.
Neste sábado, 30 de maio de 2020, deveríamos chegar a
Lisboa, indo de Natal, para umas férias cheias de planos
e sonhos. Certamente estariam a nos esperar os amigos
Carol, Ricardo e Arminda, que nos mostrariam belas
orquídeas, as novidades do caminho e aquelas surpresas
que Carol sempre guarda no seu apartamento da Fonte
Nova. Iríamos rever aquelas frondosas árvores, respirar
aquele ar puro e ameno, olhar aquelas varandas coloridas
por variadas e belas flores naturais, aqueles ônibus
amarelos circulando pelas largas avenidas.
A
cafeteria da nossa preferência deve estar diferente, sem
aquele aconchego ao redor do balcão, e mesas recolhidas
ou interditadas naquelas imensas alas onde se toma tão
saboroso café, com pastéis de nata, croissant, tortas,
tostas, queijos e doces. E o restaurante onde saboreamos
tantos pratos de arroz com mariscos, mariscada,
bacalhau, arroz de pato, e tantos peixes de Sagres,
Alvor e Setúbal; como estará!... Quanta conversa
precisamos retomar, para saber cada vez mais sobre os
recantos da cidade.
Em
algum momento iríamos atravessar aquela sala do
apartamento, seguindo até a janela para apreciar as
árvores que se exibem diante de todos os andares do
prédio, movidas pelo vento que vem da mata. Ouvir o som
do trem, que passa com frequência lá na outa esquina, no
rumo do bairro das Nações.
E quanta coisa,
Carol, Arminda, Ricardo, quanta coisa, Lisboa, ainda
faríamos neste dia, pelas tuas ruas, becos, entranhas,
que sempre nos trazem tanta alegria!
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31.05.2020
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Auto-hemoterapia eleva a imunidade,
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mas
autoridades de saúde desprezam
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- Para o CFM e a ANVISA, os doentes devem esperar a
morte, e morrer; mas não permitem usar a
auto-hemoterapia.
|
--- Walter Medeiros
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As autoridades de saúde do Brasil têm demonstrado uma
preocupação imensa com a pandemia de coronavírus –
COVID-19, mas, ao mesmo tempo, cometem uma negligência
injustificável, que chega, em alguna aspectos, a
caracterizar mesmo omissão de socorro. Refiro-me ao
descaso contumaz do Ministério da Saúde e da Agência
Nacional de Vigilãncia Sanitária – Anvisa, entre outros
órgãos, para com a
Auto-hemoterapia - AHT, uma técnica que eleva quatro
vezes a imunidade do organismo e está sendo utilizada
por milhares de pessoas como prevenção do vírus.
Recentemente, a cientista, pesquisadora e médica Elnara
Negri foi a primeira pneumologista do Brasil a observar
que coágulos eram responsáveis pela falta de oxigenação
no organismo de pacientes com covid-19. Foi a primeira
experiência nessa situação, relatada na revista semanal
norte-americana Science, considerada uma das mais
importantes publicações científicas do mundo. O relato
mosrou a evolução do tratamento da covid-19 com heparina
—um anticoagulante indicado para reversão da trombose. A
médica declarou ao UOL que está ministrando
anticoagulante em todos os pacientes graves que atende.
O tratamento tem resultado em transferência de pacientes
de UTIs para enfermarias ou em alta. Ela afirma que o
protocolo ainda não é aplicado em todos os hospitais,
"porque nem todos os colegas acreditam no tratamento".
Diz que "Eles querem tudo baseado em evidências com
estudos randomizados.”, mas assevera: “Acontece que nós
estamos no meio da guerra, e por isso nesse caso, a
nosso ver, a observação clínica associada aos dados de
autópsia deve ser levada em consideração."
Se a prática médica possibilita essas experiências que
salvam vidas no estágio avançado da doença, é de se
esperar que as autoridades repensem as decisões
arbitrárias e desumanas até agora adotadas com relação à
AHT, e admitam o seu uso, em vista de todo o histórico
de mais de cem anos de tratamentos com eficácia e sem
nenhum risco ou mal relatado. Lembremos que o
Dr. José Felippe Jr.
informou ao Ministério Público Federal que ”A
autohemoterapia é técnica amplamente utilizada em vários
países por inúmeros médicos cujos trabalhos foram
aceitos nas melhores revistas especializadas e que
versam sobre a utilidade de estratégia terapêutica não
experimental que pode ser empregada quando o arsenal
convencional falhou (...)”.
Dr. Felippe, respeitado cientista de São Paulo, concluiu
seu parecer sobre a técnica defendendo que "Além de não
se enquadrar em tratamento experimental a
autohemoterapia devido a eficácia e segurança está
disponível para a população carente do nosso País, desde
que a abordagem convencional seja plenamente empregada e
não tenha surtido o efeito desejado, pois, cabe ao
médico assistente minorar sofrimento e melhorar a
qualidade de vida de quem o procura e nele confia. O
paciente é responsabilidade do seu médico assistente." –
observa.
Como já está vastamente difundido, a auto-hemoterapia é
uma técnica de eficácia fartamente comprovada
cientificamente, que pode até precisar de alguns ajustes
e acréscimos, mas exatamente devido e essa lacuna,
sempre alegada, órgãos de classe, entes governamentais e
até o Ministério Público Federal fazem vistas grossas e
impedem a sua utilização nos serviços de saúde
brasileiros. Esta técnica poderia até estar servindo
regularmente para proteger a população brasileira contra
os efeitos do Coronavírus e outros, haja vista sua
principal característica, de aumentar em quatro vezes a
imunidade do organismo. A técnica, que combate e cura
doenças com a retirada de sangue da veia e aplicação
imediata no músculo, vem salvando vidas há mais de cem
anos. Seu maior obstáculo é o fato de não resultar em
lucros, pois só depende de uma seringa, um chumaço de
algodão, um pouco de álcool e uma pessoa para aplicar.
A intolerância com a citada técnica é tal, que a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e o Conselho
Federal de Medcina – CFM não admitem nem mesmo o seu uso
sob o amparo da Declaração de Helsinque, que permite a
realização de procedimentos nos cidadãos que firmem um
documento com o Consentimento Informado.
Na realidade, os brasileiros doentes com males mortais
ou mesmo em estado terminal não podem usar a
auto-hemoterapia aplicada por profissionais de saúde,
nos órgãos de saúde, em nome de uma Nota Técnica
distorcida da Anvisa e um parecer tendencioso do CFM. As
pessoas, segundo o CFM e a Anvisa, devem esperar a
morte, e morrer; mas não podem usar a auto-hemoterapia.
Neste momento em que se enfrenta uma pandemia de Covid-19,
e o Governo Federal adota medidas de emergência e
calamidade, se é permitido colher sangue de uma pessoa
que já foi contaminada pelo vírus e aplicar em outra
pessoa, que seja permitido também tirar o sangue da
própria pessoa e aplicar no seu músculo. Pode ser
retomado, assim, um tratamento que era usado até 2007,
para enfrentar inúmeras mazelas, sem qualquer restrição,
e sem que tenha sido registrado nenhum problema durante
mais de cem anos de prática.
22.05.2020
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REFLEXÕES
ANTERIORES |
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